Vadiar
foto: Joaquim Martins
Adoraria vadiar para o resto da vida,
escrever poemas
e passar tardes comendo pêssego – branco e duro.
E se fosse de calcinha,
ao lado de um alegre homem de cueca,
passaria os dias rindo,
até perder a respiração,
e só me permitiria chorar
se fosse de pura emoção.
E, sempre que chovesse,
me sentaria na varanda
para ouvir a chuva me aconselhar.
Sem pressa, réplica ou apartes,
de posse da sabedoria
que o momento é de me calar.
De deixar o pensamento vagar
sem buscar resposta,
dar paz a mente,
ainda que a ventania bata à porta.
Tão responsável quanto um bicho,
guiado pelo instinto
e alheio a qualquer moral.
1 Comments:
Muito bonito poema Mari. Sensível, sutil, animal e pensador sem compromisso de ser.
Ousado e ainda mais belo por isso.
Espero não causado má impressão ao querer saber notícias de sua irmã.
Para me conhecer um pouco, saber de mim. Por favor, acesse: http://guibertogenestra.blogspot.com/
Abraço forte!
Razão e Paz sempre.
Guiberto Genestra
Postar um comentário
<< Home