terça-feira, novembro 20, 2007

?


foto: Rui Matos



O que devo fazer com hoje?

Será que deixo para amanhã?

Já é tão tarde,

a noite reclama,

não lhe dou descanso

nem me dá perdão



Como pode abraça,

como beija, morde

como consente a farsa,

como acredita em vão



que não tem promessa,

onde é só vontade,

quer maior verdade

que a inspiração?



Não busco culpados,

nem conheço vítimas,

só a fantasia sem exatidão



quando é muito nítida,

como é nos meus olhos,

conta o que não deve

dói no coração.