domingo, junho 22, 2008

No alvo


foto: Rui Gouveia

Comandemos nossas guerras,
mesmo sem patente,
sem ter treinamento
para tantas missões.

É nas longas lutas,
onde até as tréguas
são surpreendidas pela traição,
que a vida urge,
que o medo morre,
sem a alternativa da ressurreição.

Quando só nos resta
refazer os planos,
recomeçar a vida,
sem tremer o corpo
ao som dos canhões.

O ruído é forte,
a dor bem profunda,
mas o que impressiona
é o exagero,
o inexplicável
para o frágil alvo
que é o coração.