No alvo
foto: Rui Gouveia
Comandemos nossas guerras,
mesmo sem patente,
sem ter treinamento
para tantas missões.
É nas longas lutas,
onde até as tréguas
são surpreendidas pela traição,
que a vida urge,
que o medo morre,
sem a alternativa da ressurreição.
Quando só nos resta
refazer os planos,
recomeçar a vida,
sem tremer o corpo
ao som dos canhões.
O ruído é forte,
a dor bem profunda,
mas o que impressiona
é o exagero,
o inexplicável
para o frágil alvo
que é o coração.
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