sexta-feira, outubro 09, 2009

TEMPO TOLO

Tempo não sejas tolo,
perdoe-me,
pois não zombo de ti.

Só não entendo essa mágoa à toa,
pois para mim o covarde é você,
que só pensa em partir.

E se me escondes as intenções
e eu sem tempo as esqueci,
porquê me faz correr atrás de ti agora
e me reservas como paga
ameaças ao tempo que está por vir?

Logo eu,
que nunca perdi tempo,
só te julguei sem fim,
quer o posto que daria a um velho amigo,
que não tem mais tanto tempo para mim?

Será que esqueces
o quanto já fostes bondoso,
um amante generoso,
quando eu nem pensava em ti?

Ora tempo,
não sejas tolo,
sempre te amei
e jamais ousaria por a culpa em ti.

Mas sei quando não me perdoas,
o que pensa e nunca me diz,
que te entregastes esse tempo todo
e eu só fiz de ti o que bem quis.