TEMPO TOLO
Tempo não sejas tolo,
perdoe-me,
pois não zombo de ti.
Só não entendo essa mágoa à toa,
pois para mim o covarde é você,
que só pensa em partir.
E se me escondes as intenções
e eu sem tempo as esqueci,
porquê me faz correr atrás de ti agora
e me reservas como paga
ameaças ao tempo que está por vir?
Logo eu,
que nunca perdi tempo,
só te julguei sem fim,
quer o posto que daria a um velho amigo,
que não tem mais tanto tempo para mim?
Será que esqueces
o quanto já fostes bondoso,
um amante generoso,
quando eu nem pensava em ti?
Ora tempo,
não sejas tolo,
sempre te amei
e jamais ousaria por a culpa em ti.
Mas sei quando não me perdoas,
o que pensa e nunca me diz,
que te entregastes esse tempo todo
e eu só fiz de ti o que bem quis.
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