terça-feira, fevereiro 27, 2018

Até

Já acreditei em felicidade,
em amor de verdade,
em palavras que ninguém sabe bem o que é.

Escondi-me em um monte de frases,
fingi entender as mensagens,
fiz pose, apontei no alvo,
mas, no final, dei no pé.

Vivi coisas sem sentido,
ao lado de quem admira o próprio umbigo,
cansei da vida
e perdi a fé.

Só que na última linha,
no último instante,
na hora do adeus,
como sempre,
recomponho-me e
rendo-me a um breve “até”.