Até
Já acreditei em felicidade,
em amor de verdade,
em palavras que ninguém sabe bem o que é.
Escondi-me em um monte de frases,
fingi entender as mensagens,
fiz pose, apontei no alvo,
mas, no final, dei no pé.
Vivi coisas sem sentido,
ao lado de quem admira o próprio umbigo,
cansei da vida
e perdi a fé.
Só que na última linha,
no último instante,
na hora do adeus,
como sempre,
recomponho-me e
rendo-me a um breve “até”.
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