domingo, setembro 16, 2007

A DOIS



foto: Nuno Ferreira


Dividir a vida,
não a casa.
Dividir a briga,
não a conta.
Dividir sonhos,
não esquecê-los.
Dividir tristeza,
não pesadelo.

Dividir
querendo saber o que é isso,
e se encarando no espelho.

3 Comments:

At 5:53 AM, Blogger Psicologia & Família said...

Essa é de descaso:

Manhã vindoura,
afasta esse instante.
O crepúsculo oculta o belo
confunde a certeza
inaugura a dor.
Insistente.
A poesia foge
no galope das palavras
adentrando a mata nada virgem
virando lata.
No olvido do óscio
mergulho pelo osso
a pálpebra tão dócil,
a casca, o caroço.
Tantas noites sem atino
sem me fazer uma visita
não ser ventre ou destino
sem remanso ou guarida.
Quanto céu,
quanto mar
quanto fel não amar.
No pasto apenas as sombras
na sombra só o assovio
lamentos correm as águas
e correm as águas no rio.
Da pedra fico a olhar
na pedra o sono me pega
no sapato sempre a pedra
no meio, o caminho me cega.
Tua direção recusa o polegar
dirijo-me pela estrada
pela vala, pela vaga
vagueando o nada.
Manhã vindoura,
traz a madrugada.

Querida, benvinda de volta aos poemas!
Beijo enorme. Te vejo em breve.

De.

 
At 5:56 AM, Blogger Psicologia & Família said...

Corrigindo: ócio.

 
At 11:19 AM, Anonymous Anônimo said...

Muito bacana!
nunca deixe de escrever!
Um beijo,

Denise

 

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