rima-mari-rima
Novas postagens pelo menos aos domingos. Será uma honra a reprodução de qualquer um dos poemas na web, mas peço o favor de manter a autoria (Mari Marinaro), a integra (título e versos) e, se possível, o endereço do blog. Obrigada, Mari Marinaro TODOS OS POEMAS POSTADOS TÊM O DIREITO AUTORAL REGISTRADO NA BIBLIOTENA NACIONAL
quarta-feira, dezembro 24, 2008
domingo, dezembro 21, 2008
Natal em família

Família à mesa,
ceia posta,
emoções expostas.
Não faltam histórias a repartir, a retomar, a dividir.
De criança, para cada uma das primas
muitos dias a recordar.
Dias de piquenique, de pesca e tortilla.
Dias para ficar.
De cada um vivido veio uma mãe,
uma vida, uma lembrança.
Sempre novas conversas
e outro tanto de esperanças.
À mesa, chega gente crescendo,
gente que se cansou.
Gente de hoje igual à ontem,
no rosto e no coração.
E na ceia
é servida alegria, regada a tristeza,
magia de amor de família,
família só de princesas.
Princesas que se casaram,
que repartiram,
que se lograram.
Princesas que nem vingaram,
enquanto outras reinaram.
A festa é feita, sem sapo,
é certa, esta pronto!
Família à mesa, ceia posta,
emoções com respostas.
Mas a cada nova ceia
é menos um coração que bate,
é mais uma história que termina,
uma saudade que se combate.
E nos lugares vazios,
onde não há de caber a solidão,
a família serve seu fardo só à mesa,
nunca no coração.
sexta-feira, dezembro 19, 2008
Vazio

Vazio.
Crocante como o prazer,
Oco como o interesse,
Perdido como o esquecimento.
Vazio.
Estranho a minha pessoa
mas, cada vez mais presente em mim.
O vazio.
O silêncio da paixão,
o fruto da decepção,
a realidade dos aflitos.
O vazio.
Lento e penetrante,
denso e envolvente.
Sereno,
um copo, já sem o veneno,
vazio.
sábado, dezembro 13, 2008
Valiosos

foto: José Paulo Andrade
Se ao menos eu soubesse escrever,
algo faria sentido.
Mas não sei.
Minhas palavras não têm um raciocínio claro,
um questionamento interessante,
um destino inovador.
Se ocupam de um sentimento juvenil,
até discriminado por doutores da razão.
Nem conjugar sabem bem.
Divergem nos acertos e acentos,
também na importância que têm.
E tento,
desperdício tempo,
cerveja e tabaco
para escrever algumas bobagens
que amanhã vou querer apagar.
Sempre expondo o que sinto,
e pouca gente a se interessar.
terça-feira, dezembro 09, 2008
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Fácil?

foto: Margarida Carvalho
Fácil, fácil, nem amor correspondido,
nem vontade atendida
sem fazer por merecer.
Fácil, fácil, nem que o dia se apagasse,
nem que a noite convidasse
e ninguém pudesse ver.
Não é fácil
ter de viver contando os dias,
que passo sem você.
Se fosse fácil
talvez não escrevesse poemas,
não tivesse nada a dizer.
Isso sim seria fácil,
especialmente a quem insiste
em me ouvir sem me entender.