rima-mari-rima
Novas postagens pelo menos aos domingos. Será uma honra a reprodução de qualquer um dos poemas na web, mas peço o favor de manter a autoria (Mari Marinaro), a integra (título e versos) e, se possível, o endereço do blog. Obrigada, Mari Marinaro TODOS OS POEMAS POSTADOS TÊM O DIREITO AUTORAL REGISTRADO NA BIBLIOTENA NACIONAL
sexta-feira, janeiro 25, 2008
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Namorar

foto: Isabele Silva
Aprender a namorar
sem beijo na boca,
conversa caliente,
ao sabor da brisa aquecendo o ar.
Ouvir e se revelar,
contendo os abraços,
e de leve,
deixar o olhar pecar.
Ninguém assume o interesse,
o segredo
é não parar de falar.
Afinal, quem não teme
o que o silêncio pode contar?
Mas, um tímido flerte,
às vezes, surpreende,
e mesmo vagando reticente,
talvez saiba onde quer chegar?
Ou então morra na praia,
mas antes, revolte a areia,
e como prenda,
deixe uma estrela do mar.
Que em noite sem lua cheia,
mata a saudade do luar.
E inspira suspiros,
alguns indecentes,
descuidos,
de quem aprende a namorar.
segunda-feira, janeiro 21, 2008
Sorte da vizinha

foto: Isabele Silva
Ah! Se a menina fosse um pouco mais fácil,
um pouco mais estável,
um pouco mais sincera.
Se não fosse tão cruel,
não escondesse o jogo
e fosse mais donzela.
Talvez um pouco mais madura,
um pouco mais contida,
mais na dela.
Não anunciasse ao dia,
com o que sonha a noite
batendo à janela.
Ah! Se fosse menos romântica,
entrasse na rotina,
andasse nos trilhos.
Ah! Se não mudasse de ideia,
não perdesse o viço,
não cobrasse a dor.
Teria uma vida mais fácil,
como a da vizinha,
que teve sorte no amor.
quinta-feira, janeiro 17, 2008
Merci Dani

foto: Gonçalo Lobo Pinheiro
Tenho uma fã,
uma joia rara,
uma esperança
de não ser tão ruim,
ao usar palavras
que não me pertencem,
nem sei de onde vêm,
mas falam de mim.
Palavras que agora têm leitura,
não só de amigos, amados e amantes,
curiosos e afins.
Palavras agora também desejadas
por quem nem sabe de mim.
Merci.
Mulherzinha

foto: Vitor MM Costa
Etá mulher insuportável!
Nunca tem modos,
e perde o humor.
Chora, briga e ameaça,
depois quer rir da própria dor.
Mulherzinha intratável,
ainda por cima vestida de rancor.
Quer ser feliz sozinha
e nunca mais sonhar com o amor.
Mulherzinha não seja tola,
ao menos se dê algum valor.
Mesmo sem classe,
tenha vergonha,
e não diga o que pensou.
Quem a escuta
nem sempre entende,
são tantas palavras de horror.
E em tua boca fica o veneno:
ser mulher da vida,
e não conhecer o amor.
quinta-feira, janeiro 10, 2008
Descansei

foto: José Eduardo
Cansei,
não deveria contar pra ninguém,
pelo menos não mais de uma vez,
pra não cansar quem está ao meu lado.
Mas cansei.
Também de sempre esconder
um coração tão machucado.
Ah! Cansei!
Desta vez não disfarcei
o que trago no peito de fato.
Cansei,
não é fácil sonhar com a vida
e viver com a morte ao lado.
Cansei
de não dividir,
de chorar por ai
e nunca achar um culpado.
Mas hoje, que descansei.
Passei batom, pó de arroz e verniz
e fui dar conta do segundo ato.